Nostalgia
É sempre mais uma quadra
que se inicia e se partilha
onde tudo se dedilha
estranhamente numa singela guitarra.
Aquela música que endoidece
não por ser ruidosa para o ouvido
torna-se melindrosa para o estampido
e assim parece que eternamente fere.
Caímos na banalidade
é a moda dos presentes
é a troca de mimos e afectos
triunfando a singularidade.
Somos automatas que alteram
o modus operandis vivencial
abrilhantando o paladar
sem se preocupar com o habitual
e a tudo veneram.
As Amizades triunfam
meigamente e entusiasticamente
ao som de fanfarras e violinos
como dois velhos conhecidos e entendidos.
È Natal grita-se alto e bom som
nunca ignorando a comida
como a maior desdita
para se colher um repasto saboroso e bom.
neste frenesim a liberdade não é escamoteada
os valores encontram-se em alta
as leis aplicam-se sem falta
os deveres de cidadania vão de vento em popa.
Finalmente é o sentido do Humano
que nos traz aquela recordação familiar
ou nos permite recuperar uma memória histórica
fatalmente acidentada nesta Nostalgia.
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