Natal
Chegou o dia da grande festa da cristandade
é tempo de dar o devido espaço para a formação da romaria
Tudo será devidamente abrilhantado pela incomensurável alegria
por todo o lado reina amizade, esperança como ícones da vontade.
É tempo também de aproveitar para relaxar
o dia a dia desperta e motiva a sã convivência
embora por vezes a conversa ultrapasse a bendita paciência
mas o fundamental é dialogar, caminhar e evitar oscilar.
Não pode faltar o cantinho para a Liberdade
emitida pelo modo de dizer, afirmar e por vezes pensar
o amor, a união e a paz são marcos que determinam o nosso julgar
porque o momento é favorável à interiorização, reflexão e unidade.
Também é tempo de levar a Vida com o maior cuidado
fomentar o convívio com o Vizinho seja amigo ou inimigo
não esquecer o cheirinho e o aroma agradável do azevinho
compreender e auxiliar o que está ao nosso lado e vive isolado.
Os padrinhos estão obviamente preocupados e amedrontados
os seus netinhos assustam com a lista dos seus pedidos
e os câmbios não chegam para satisfazer totalmente os entes queridos
porque são consolas, computadores, os brinquedos mais solicitados.
É um facto a Vida continua a sua trajectória
embora nos custe admitir que dia a dia mais velhos ficamos
ai saudosos vinte e trinta anos e perante a curtição não parávamos
mas tudo passa, apenas resta uma ténue e abreviada memória.
O Inverno bate-nos à porta e o Outono deixa saudades
o frio intensifica-se e os agasalhos voam do centro comercial
os euros fazem falta, mas o importante é abastecer-se do essencial
porque a saúde e a velhice simultaneamente relembram outras idades.
A mãe Natureza reage e prega-nos as habituais partidas
um dia presenteia-nos com um bonito manto de neve
outro dia dá-nos chuva e mais chuva que a gente espera que seja breve
mas o Humano age e não se esquiva a algumas brincadeiras antigas.
Recordo a árvore como símbolo da Humanidade
revejo o significado do perdão como complemento da Fraternidade
aceito o triunfo da confiança como instrumento da Bondade
humildemente acolho a partilha, o auxílio como recta para a Vontade.
Também é Natal quando uma meiga criança soluça, chora e clama
os namorados sensatamente e humildemente fazem juras de Amor
a irreverência, rebeldia do Jovem traz a dor contra o seu fiel tutor
na simplicidade adoramos o afecto do bebé que inocentemente mama.
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