Pensador

A criação deste blogue é determinada pela tentativa de dar uma roupagem inovadora à criação poética. Demonstrando e divulgando que todos os assuntos e temas podem ser analisados pela visão poética.

terça-feira, agosto 05, 2014

Humildade versus Paciência


Basicamente falta-nos um pouco de tudo
sinceramente já não consigo apontar
poder decidir, criticar ou julgar ...
evidentemente emito a minha opinião,
escamoteando a simplicidade da emoção,
nesta incerteza breve do Mundo.
Alguém diria outrora a culpa é do sistema
outros apregoariam ela não nasce solteira,
afinal isto parece uma real bandalheira ...
onde o humanismo deixou de ter porte,
num autêntico vendaval sem rei e sorte
onde a tecnologia é o fiel tema.
A leitura que no passado era fundamental
para o crescimento e desenvolvimento do ser,
deixou praticamente de ter o tal poder ...
venceu a Internet onde tudo se mete,
constituindo uma onda geral de procura
gorando-se aquele desejo de aventura ...
encontrar o universo misterioso e entusiástico.
Assim prosseguimos a nossa lide diária
pouco a pouco numa letargia enfadonha,
comungando com uma desesperada monotonia,
minguando vigor, energia e acção ...
permanecendo imóveis, apáticos,
sonhadores e insensíveis ...
esperando o quê e o porquê.
O convívio não sei para onde foi
as tecnologias passaram a ser o referencial,
o telefone perdeu o seu manual ...
a lista desapareceu,
apenas e só a pureza da vista venceu ...
o futuro brevemente o dirá,
esta nova geração um dia sentirá o que dói.
Uma nova era começou dizem
concordo em parte tudo bem ...
mas a nostalgia de simples brincadeiras,
de amenas, divertidas conversas alheias ...
esfumaram-se devido ao impacto das novas redes,
triunfando a globalização perante a socialização, 
onde uma extensão de humanidade ...
apresenta-se com refinado engenho e arte,
com a pretensão de expandir as suas sedes.
Valorizamos tudo aquilo que ousamos divulgar
a recordação que tinha aquele brilho ...
permutou o lugar, para um renovado sentido,
aquilo que era memória envolvida numa glória
deteriorou-se e finou-se numa certa vitória ...
consolidando a liberdade de participar e partilhar.
Submergindo o fascínio como arma de sedução
eficazmente transformadora e manipuladora,
verdadeiro laser de aceitação e submissão ...
presenteando a imagem como objecto fantástico,
remetendo-nos para a ilusão, a fantasia,
o virtual, o momentâneo e a excitação ...
opondo-se à beleza da fraternidade e moralidade.