Auto-Retrato
Falar de mim próprio
não se afigura tarefa fácil
pois à cautela uso o senso táctil
não vá suceder o imprevisto imbróglio.
Afirmo claramente certeza
mediante conhecimento apropriado
não é meu timbre conversar do abreviado
constituindo um obstáculo à minha esperteza.
Convictamente desde tenra idade
fui presenteado com o dom fértil da imaginação
conquistando o Público com carinho e adoração
cultivando a Felicidade como único reflexo da humildade.
A escrita nunca teve segredo
comunico o que dilacera a minha alma
condensando o essencial numa simples grama
ocultando cuidadosamente o genuíno e secreto.
Penso na realidade
que o hábil poder conquistou
triunfal riqueza que todo o universo ganhou
belo trampolim de acesso à eterna universalidade.
Observo atentamente a Paisagem
escutando longinquamente o ruído
embalado pela beleza do zumbido
emitido pela abelha com a suavidade da sua aragem.
Não posso passar indiferente
se prolifera a tristeza, a artimanha, a astúcia e o engano
ingredientes que se instalam e ferem o infeliz humano
dilacerando o coração qual chama fugaz e incandescente.
Perdi a conta quando me apeteceu gritar
onde está o civismo, o respeito, a responsabilidade
acabou ou está ultrapassado na sua senilidade
evidentemente concluo tudo é realizado sem criticar.
Continuo o meu pensamento
verificando que a condução adorável para o motorista
desapareceu arrogantemente ao conduzir-se numa bela pista
sinceramente não sei se entendo ou compreendo.
A minha sensibilidade
é testada perante a minha personalidade
já me disseram que nasci na intemporalidade
horizonte da habilidade, frontalidade e notável capacidade.
1 Comments:
At segunda-feira, 14 maio, 2007, Menina Marota said…
E numa forma belamente poética, te dás a conhecer.
Gostei de ler.
Um abraço e boa semana ;)
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